Em várias traduções de bíblias o termo “aserás” ou “aserins” foi mudado para “postes-idolos”, ou outra palavra, é preciso termos esse conhecimento antes de entrar nesse assunto.
Encontramos na tradução Almeida Revisada Imprensa Bíblica: “Foram derribados na presença dele os altares dos baalins; e ele derribou os altares de incenso que estavam acima deles; os aserins e as imagens esculpidas e de fundição ele os quebrou e reduziu a pó, que espargiu sobre as sepulturas dos que lhes tinham sacrificado”. 2 Cr.34:4
A idéia do Senhor era fazer de Israel um povo exclusivo e Ele seu único Deus, no entanto tanto a bíblia como descobertas arqueológicas revelam que Israel adorava tanto ao Senhor quanto os deuses pagãos politeístas dentre eles a deusa Asherah
Reconstruir a história para entendermos como através dos séculos muitos ídolos foram acrescentados à adoração humana, ganhando espaço e sentido pode ser o cerne para conhecermos as constantes tentativas de Deus de fazer o povo voltar-se unicamente para Ele como fonte de suprimento e adoração.
Elias lança um desafio para que o povo definitivamente perceba a diferença entre o Senhor e os outros deuses que teimavam seguir (1 Rs.18:19-40). Nesse relato Baal é afrontado e desmascarado.
A proibição e a adoração a outras divindades são claramente condenadas desde o Gênesis e estabelecidas no Sinai (Ex20,2). Desencadeando um processo de exclusões de divindades, principalmente asherah que aparece como evidências em textos cuneiformes babilônicos (1830-1531 a.C) com o nome de "Atirat" a mãe dos deuses, simbolizando a Deusa do amor, do sexo e da fertilidade.
Em 1934, um arqueólogo britânico encontrou um jarro datado aproximadamente do 13º século a.C, provavelmente ano 1220 com inscrições raras do antigo alfabeto semítico e na decoração havia um desenho de uma árvore flanqueada por duas cabras com longos chifres para trás, representando Asherah. Há uma possibilidade deste jarro e seu conteúdo terem sido uma oferenda à deusa.
Vários santuários pagãos eram ao ar livre, nas florestas e topos das montanhas e
Asherah adorada sob o corpo de uma árvore. Na maioria do tempo, uma imagem ou símbolo de Asherah estava também presente dentro do próprio templo de Jerusalém.
O rei Asa (912-871 a.C) quebrou o ídolo de Aserá; e queimou-o no vale do Cedron (1Rs 15,13; 2Cr 15,16, 2Cr 14,1-2). Cultos se dão no palácio, em ambiente oficial (1 Rs 16:33).
O rei Josafá (871-848 a.C), filho e sucessor do rei Asa, deu continuidade à política de seu pai (2 Cr 17:5-6; 19:3).
Ezequias (727-698 a.E.C), filho e sucessor de Acaz, mantém a reforma da exclusão dos postes-idolos ( 2Cr 31:1).
O rei Manassés (698-643 a.E.C), filho e sucessor de Ezequias, ergueu altares para os baais e construiu altares dentro do Templo do Senhor (2 Rs 21:7).
Todas as histórias foram registradas (2 Cr 33,19).
O rei Josias (640-609 a.E.C) filho de Davi, ordenou a remoção de todos os utensílios da casa do Senhor (2Rs 23:4), as casas de prostituições (v.7), derrubou, despedaçou, reduziu a pó os altares, mandou espalhar o pó das pessoas sacrificadas sobre o túmulo dos que ofereciam sacrifício a Baal e Asherah (v.13-14, 2 Cr 34:3-7).
Em Is 27:9 fica claro que o pecado de Israel era a deusa Asherah devendo ser banida por completo. “Por isso se expiará a iniqüidade de Jacó; e este será todo o fruto da remoção do seu pecado: ele fará todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, de modo que os aserins e as imagens do sol não poderão ser mais levantados”. (Almeida Revisada Imprensa Bíblica).
Como cultuação pagã estaria ligada com árvores, havia uma advertência sobre as mesmas (Dt 16:21-22).
Acab (874-853 a.E.C) construiu um templo de Baal para sua esposa fenícia (1Rs 16:33).
Rei Joacaz (813-797 a.C) o culto a Asherah esteve presente em Sumaria (2 Rs 13:6). A ruína então é explicada em 2 Rs 17:16.
Todos tinham clara a idéia de que Deus deveria ser o único a ser adorado, negando toda a adoração de ídolos politeísta em Israel.
Jz 3:7 “E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do SENHOR, e se esqueceram do SENHOR seu Deus; e serviram aos baalins e a Astarote”.
Referências Bibliográficas:
Biblia Almeida Revisada Imprensa Bíblica. São Paulo: Paulus, 2003.
CROATTO, S. J. "A deusa Aserá no antigo Israel". "A contribuição epigráfica da arqueologia". "Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana", Petrópolis, nº 38, p. 32-44, 2001.
DISCOVERY CHANNEL. "The Forbidden Goddess: Archaeology on the Learning Channel". Degravação de Ildo Bohn Gass. Documentário, 28 min, 1993.
http://www.abiblia.org/artigosSend.asp?id=80
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Excelente artigo.
ResponderExcluirParabéns,um artigo excelente...
ResponderExcluirBoa explicação, para nós ajudar durante o estudo Bíblico.
ResponderExcluirBom artigo ,estamos vivenciando algo pior em nossos dias e o Senhor cada vez mais esquecido para não dizer quase extinto até da história. Porém enquanto o Espírito Santo estiver com a igreja mística do Senhor até o arrebatamento, o plano de Deus continuará
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