domingo, 12 de novembro de 2017

Conhecimento, Entendimento e Sabedoria

Esse estudo da Palavra de Deus foi dividida em 4 reuniões na região de Novo Hamburgo/RS em que em uma reunião normal dos santos buscamos como base para essa comunhão Pv.2:6. Buscamos compreender o que era sabedoria, conhecimento e entendimento: Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento”.
Como é importante de se ter conhecimento de Deus, de acordo com Oséias 4:6, o povo não é destruído não por causa do pecado, mas por causa da falta do conhecimento e porque rejeitou aprender, saber mais.
Primeiro precisamos saber que nosso conhecimento é em parte, sabemos aquilo que o Senhor quer nos revelar conforme I Cor.13:9-10, mas que um dia tudo nos será revelado.
Além disso, somente podemos conhecer de Deus aquilo que Ele manifesta conforme Romanos 1:19 porque se não poderíamos ficar com medo ou confusos.
Em Salmos 139:1-6, Davi começa a exaltar a Deus, mas quando chega ao verso 6, ele percebe que a ciência de conhecer a Deus é muito alta, mas graças pela revelação lemos Oséias 6:3  que diz que aprender das coisas de Deus é um processo contínuo. Nunca saberemos tudo, precisamos estar buscando cada vez mais.
Na ultima reunião vimos que o único ensino que permanecera para eternidade não é a educação continua do conhecimento técnico de uma escola, mas a busca em conhecer ao nosso Deus, por isso podemos conhecer Deus na LEITURA DA PALAVRA como Daniel fazia no capitulo 9 verso 2, usou o intelecto e estudou os livros, o mesmo fez Paulo em II Tm.4:13, ele lia, pesquisava a Palavra por ser fonte de conhecimento.
Salmos 1, verso 2 nos ensina a meditar (pensar, analisar, pesquisar, ruminar no grego), até compreender de todas as formas aquilo que estamos lendo. Precisamos ler usando o entendimento, mente.
Salmos 27:4 nos ensina que aprendemos com a igreja, nos reunindo, nos congregando. Aprendemos que a igreja não é algo físico, mas orgânico, formado por pessoas vivas. Na COMUNHÃO aprendemos a conhecer a Deus.
A ORAÇÃO é outro meio de obter conhecimento de Deus, No diálogo com o Senhor eu aprendo a ouvir o que eu falo, aprendo a ouvir Deus, pois oração não é monólogo, e aprendo o quanto eu sei da Palavra, o quanto da Palavra eu falo ao Senhor, se o conteúdo das minhas orações é a Palavra de Deus ou são palavras de lamentações. Oração é o falar de Deus ao meu espírito. “Orai sem cessar”. 1 Ts.5:17
REVELAÇÃO é outro modo de conhecer a Deus revela o que Ele quer a quem Ele quer e como Ele quer. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência”. 1 Coríntios 12:8
Cheguei-me a um dos que estavam perto, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele me disse, e fez-me saber a interpretação das coisas”. Daniel 7:16
E por último as EXPERIÊNCIAS DIÁRIAS com Deus nos levam a conhece-LO - II Tm.3:11 e Rm.5:3

Falta de entendimento nos causa perdas
1-Prisão - Portanto o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Isaías 5:13
2-Descontentamento - Oséias 4:1 “uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus”.
3-Destruição dos que estão em nossa volta - Verso 3
4-Destruição pessoal – v.6

O que o conhecimento produz
1-Preparação - I Pe.3:15
2-Nos livra das heresias  - Mt.22:29
3-O conhecimento nos livra de ficarmos acomodados, quanto mais conhecemos mais crescemos, mas buscamos mais amadurecemos - Lc.2:52
4-Produz multiplicação de Graça e Paz - II Pe.1:2
5-Libertação – João 8:31-32
6-Produz vida eterna - João 17:2-3
Finalizamos com Juízes 2:10 – uma geração nova depois de Josué não sabiam daquilo que o Senhor havia feito as gerações passadas, o porque da existência e da conquista de Canaã, as maravilhas no deserto e os livramentos, porque não foram ensinados....aquela geração não havia sido ensinada sobre QUEM ERA DEUS, eles não tinham conhecimento de quem era o Senhor!
Hoje continuaremos sobre esse texto e veremos a importância de se conhecer a Deus e ter uma experiência pessoal com Ele.
O Senhor precisa ser o teu Deus pessoal e intimo, embora seja Deus do Universo ou da igreja, precisa haver uma intimidade pessoal, em Fp. 4:19, Paulo fala “O meu Deus...” e em II Tm.1:12 ele diz que sabe em quem tem crido, isso mostra confiança, baseado num relacionamento pessoal com o Senhor.
A maior fonte de conhecimento de Deus é a Escritura. Precisamos dar a ela a prioridade - Salmos 119:130 e 97
Em Jó 19:25, vemos a expressão da sabedoria, embora os próximos capítulos continuasse a se defender diante de seus amigos e se justificar diante de Deus; somente no último capítulo 42:5-6 há um confessar de arrependimento.
Precisamos nesse relacionamento de conhecer ao Senhor, saber que é Ele quem nos supre a todo o momento, mesmo que tudo nos falte ao redor. Devemos confiar e também nos alegrar – Habaq.3:17-19
Vimos também que as melhores experiências são aquelas que nos levam a pratica da Palavra de Deus, orando, evangelizando “amando ao próximo” Mt.7:24
Esse é o caminho!
Conhecimento se transfere, mas experiência, somente passamos a informação, porque ela tem que ser vivida, e a geração de Juízes 2:10 não buscou isso diante do Senhor, eles O abandonaram (verso 12)
Jeremias 2:11 declara que deixando ao Senhor também nos sujeitaremos a outras coisas, como aquela geração em Juizes 2, verso 13 e seguiremos Baal e Astarote (deuses dos cananeus, deuses masculinos e femininos da fertilidade, da prostituição e da promiscuidade. Juízes 2:20 por não darem ouvidos ao Senhor, passaram a servir outros deuses.
Provérbios 4:5-7 diz: “Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não a abandones e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento”. Isso requer buscarmos ao Senhor que é a nossa fonte de sabedoria e conhecimento. Somos responsáveis por nossas ações (Romanos 14:12). Em Juízes 2:14-15, o Senhor proveu um caminho para trazer o povo de volta à Ele (Juízes 2:14-15).
O verso 16 de Juízes 2 nos direciona para Lamentações 3:22 onde o Deus da Misericórdia se manifesta. Todas as vezes que o Senhor volta atrás de uma sentença é porque tem em seus atributos a misericórdia.
1 Pedro 5:6 “Sendo assim, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus”.
O povo passou 400 anos nessa vida cíclica: pecado, arrependimento e salvação; pecado, arrependimento e salvação.
Muitos dizem conhecer a Deus, mas nós devemos ir além do apenas saber a respeito de Deus ou obter informação sobre Deus. Jonas, por exemplo, tinha conhecimento de Deus, mas não de forma íntima e muito menos a si mesmo.
Quando confrontado pelos marinheiros do barco ele disse que o Deus que ele servia fez o mar, (Jonas 1:9) mas ele foge desse Deus pelo mar, é incoerente, inconsistente esse pensamento! Não é assim que às vezes vivemos? Pregamos aos outros, mas nós mesmos fazemos o contrário. Depois no capítulo 2 relata que ao Senhor pertence a salvação e no capítulo 4 que o Senhor é compassivo, mas nem um momento clama pela salvação dos que estão em sua volta, nem pela compaixão de Deus diante da tempestade do barco. Ele “conhece” a Deus, mas não tem revelação de quem é esse Deus, serve-O de forma religiosa.
Quando um hebreu diz que conhece sua esposa, se refere a ela na sua intimidade, quando dizemos que conhecemos o Senhor, também precisa ser de forma íntima. Salmos 25:14  “a intimidade do Senhor é para os que o temem”.
Jesus em João 17:3“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.” O termo “conhecer” nas Escrituras muitas vezes tem um sentido que vai além do básico de simplesmente ter conhecimento intelectual de algo ou de alguém, expressa uma relação pessoal entre o que conhece e o que é conhecido.
Provérbios 3:5-6 exorta: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Nesse contexto a palavra “reconhecer” ou “conhecer” vem do verbo hebraico Yadha que foi traduzido em grego, pela LXX, com o verbo ginoskein/ginoskw representando, portanto uma grande variedade de significados. O conhecer da filosofia grega é mais abstrato, enquanto que o conhecer do hebraico é mais prático e experimental, não está essencialmente ligado à atividade mental ou mero relacionamento cognitivo e sim de uma experiência de envolvimento intenso, envolvendo as emoções, contato, intimidade, etc.
Sobre o rei Josias, Deus disse por meio de seu profeta: “Julgou a causa do pobre e necessitado; então lhe sucedeu bem. Porventura não é isso conhecer-me? diz o Senhor.” (Jeremias 22:16).
Estes comentários esclarecem a ligação estreita que Provérbios 3:5-6 estabelece entre confiar e conhecer a Deus. “Conhecer Deus” é ter um relacionamento vital com ele e isso O agrada (Jer. 22:16; Os. 6:6, Sal. 36:10).
Davi compartilhou com Salomão a experiência que aprendeu por andar com o Senhor – I Crônicas 28:9 e em Atos 2:25 “Porque dele fala Davi: Sempre via diante de mim o Senhor” e Moisés pelas suas experiências também via ao Senhor Heb. 11:27.
Por meio de Jeremias, Deus repreendeu os líderes religiosos de Israel: “Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram.” (Jer. 2:8). Certamente, os sacerdotes e outras pessoas que “tratavam da lei” reconheciam a existência e o poder de Deus, com certeza tinham o conhecimento intelectual da lei de Deus, provavelmente também reconheciam publicamente a validade dela – mas eles não conheciam ao Deus que a deu: eles não amavam, nem honravam, nem confiavam em Deus (compare com Jer 4:22; 9:3, 6, 23-24, Os. 8:1-3).
O mesmo ocorria nos dias de Jesus (João 7:28, 29; 8:15, compare com 5:44), também em Mateus 7:23 sobre fazer obras sem o Senhor ter relações com elas: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”
Em 2 Coríntios 5:21 afirma que o Senhor “não conheceu pecado”, não significa que ele não tinha conhecimento intelectual do pecado, e sim que Jesus não teve qualquer negociação, intimidade, envolvimento com o pecado.
Em 2 Tim 1:12, o apóstolo Paulo pôde dizer: “Por esta mesma causa eu também sofro essas coisas, mas não me envergonho. Pois conheço aquele em quem tenho crido e estou confiante em que ele é capaz de guardar o que lhe confiei, até aquele dia.” Paulo havia experimentado várias vezes a veracidade de Deus e de suas promessas (2 Cor 4:7; Fil. 4:12, 13; 2 Tim 4:16-19).
Salmo 139 nos surpreende com o conhecimento de Deus, causando um impacto em Davi. Podemos dividir em 4 partes: dos versos 1-6 relata a Onisciência de Deus, versos 7-12 fala de Deus como Onipresente e nos versos 13 a 18 fala de Deus como Criador. No verso 1 Davi expressa o quanto sabe, conhece e tem experiências do quanto o Senhor sabe todas as coisas, do quanto sabe a nossa história. Ele o sonda, perscruta, vai lá no fundo, por isso é Onisciente. É algo muito pessoal, intimo. O Senhor conhece a vida ativa de Davi e também a vida passiva, ele parece brincar entre o verso 2 e 3 Tu sabes o meu assentar e o meu levantare depois muda a posição no verso 3: “Esquadrinha o meu andar, e o meu deitar. Ainda no verso 2 fala de “de longe, penetras o meu pensamento”, falando também do Senhor o conhecer exteriormente e interiormente.
Embora o Senhor habite no mais sublime Trono também tem interesse em habitar nele, pois Ele é Onisciente. O Senhor sonda corações conforme o verso 4, nem precisa ouvir falarmos: “Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces”.
Davi percebe nos versos 7-9 que pelo fato do Senhor ser Onipresente não tem como fugir: Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?”.
Foi o que Jó, Jonas, Pedro e tantos outros tentaram fazer até conhecerem plenamente ao Senhor, por isso Paulo diz em Efésios 3:18-19 que o amor do Senhor excede todo o entendimento da compreensão humana.
Mais de 30 vezes Davi faz menção de si mesmo: “Deus não é somente Onisciente, mas ele me conhece, Ele não somente esta presente em todo o lugar, Ele esta presente em minha vida, Ele não somente fez todas as coisas, Ele me fez pessoalmente e me viu desenvolver-me...”, esse conhecimento é pessoal para Davi. Temos a impressão que ele se dobra diante do Senhor e o adora (verso 6 e 14), assim como Paulo fez no final do capítulo 11 em Romanos, porque Deus é encantador e maravilhoso para ele.
Davi termina o Salmo pedindo que o Senhor o sonde, pois não confiava em si mesmo: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos”, verso 23-24.
O apóstolo Pedro em sua segunda carta, capítulo 3, verso 18 os faz uma advertência: “ANTES crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.
Como um homem medroso como Pedro que negou o Senhor Jesus e em Atos 4 fala que não teme a homens e no capítulo 10 vive sem divisão ou sem a escolha de quem deve ou não ser salvo (verso 9-29)? Somente há uma resposta para isso, o mesmo que aconteceu em 2 Reis 4:38-40, onde colocíntidas foram cozidas junto com um alimento sem conhecimento de serem venenosas e dadas a comer aos discípulos dos profetas - por fora eram como maças, por dentro...venenosas.
Assim como Pedro muitas vezes nos falta o conhecimento da vontade do Senhor. Qual foi a solução? Verso 41 “Então Eliseu pediu um pouco de farinha, colocou no caldeirão e disse: "Sirvam a todos". E já não havia mais perigo no caldeirão”. O Senhor representa o trigo moído, por isso precisamos voltar a Palavra, voltar às escrituras para conhecermos mais da vontade do Senhor. Não pode haver verdadeira adoração de Deus, onde não há conhecimento de Deus, Êxodo 5:2 o faraó respondeu: "Quem é o Senhor, para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? Não conheço o Senhor, e não deixarei Israel sair".
O mesmo ocorre em João 9.35-36 Jesus ouviu que o haviam expulsado, e, ao encontrá-lo, disse: "Você crê no Filho do homem”? “Perguntou o homem: Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?”, uma resposta sábia a pergunta de Jesus, como crer em algo que não conhecemos? Nosso futuro está escrito nas Escrituras: "Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4.12) e o Senhor diz: "assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei." (Isaías 55.11) e ainda: "A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho." (Salmos 119:105). Tanto conhecimento a nossa disposição e perdemos tanto tempo com coisas infrutíferas e até venenosas. Que Deus tenha misericórdia de nós para que possamos ver tamanha riqueza ao alcance de nossas mãos. “Jesus lhe respondeu: Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva" (João 4:10).
Finalizo com Jeremias 2:13 “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água." Amém

domingo, 8 de outubro de 2017

A Rainha dos Céus



A Rainha dos Céus


Satanás é a Verdadeira Identidade da Rainha dos Céus
E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e abominações da terra. (Apocalipse 17:5).
Histórico
Essa deusa mencionada na Bíblia vem sendo adorada por povos e nações desde os primórdios, e foi muito adorada em Israel nos tempos do profeta Jeremias, provocando a ira de Deus:
Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira. (Jeremias 7:18).
Também era muito cultuada por príncipes e reis que faziam libações para a Rainha dos Céus:
Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum (Jeremias 44:17).
A Rainha dos Céus muda de nome constantemente. No livro de Atos ela aparece com o nome de Diana e os moradores da cidade de Efésios veneravam uma imagem dessa deusa que apareceu em um rio:
Então o escrivão da cidade, tendo apaziguado a multidão, disse: Homens efésios, qual é o homem que não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que desceu de Júpiter? (Atos 19:35).
Em outros tempos e nações a Rainha dos Céus foi Ísis, Semíramis, Afrodite, Ceres, Vênus, Vitória, Epona… Ela, agora, usurpa as diversas Marias do Catolicismo, Iemanjá da Umbanda, as diversas deusas exibidas nas cédulas de dinheiro, e estátuas das deusas Ísis espalhadas pelo mundo afora. O culto à Rainha dos Céus movimenta a economia de toda a região sob sua jurisdição espiritual, e por esse motivo ela consegue seduzir aos falsos profetas, seja através de suas fantásticas aparições, seja por promessas caridosas intermediadas quase sempre por servos femininos ou infantis.
Identidade
Mas afinal, quem é essa deusa tão poderosa que consegue atravessar milênios afligindo multidões e fazendo o próprio Deus-Pai perder a paciência sem antes dar cabo dela?

A resposta é muito simples:
Ela, a Rainha-dos-Céus, é a mãe do Filho-Unigênito do Deus-Pai. E aqui, não estamos nos referindo à Maria, mãe do Cristo, esposa de José da geração de Davi, mas sim à Lúcifer, Anjo de Luz, Costela do próprio Deus.
Ora, quando na criação do homem, Deus-Pai declara nitidamente que fará o homem conforme a sua própria imagem e conforme a sua própria semelhança. Então, Deus, com o pó da terra, molda o homem, sopra nas narinas e lhe dá fôlego de vida; depois, Deus retira uma das costelas do homem e cria a mulher; depois ordena que ambos cresçam e se multipliquem; natural e logicamente através de relações sexuais.
Entretanto, ao declarar como o homem seria criado, Deus disse: “…Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gênesis 1:26).
Observe que a pessoa do verbo “façamos” está no plural, o que indica que Deus não estava só.
Observe também que Deus copiou sua própria estrutura familiar pra criar a família humana, pois Deus diz “a nossa imagem, conforme a nossa semelhança“.
Não existe evidência mais clara de que Deus tinha uma família completa, e nos mesmos moldes que formou a família humana.
Também é evidente que, para que o Filho-Unigênito de Deus fosse também Deus, necessitaria que seus Pais fossem Deuses.
Deus pôs seu Filho-Unigênito (Árvore da Vida) pra ser adorado pelos homens; pois Ele (Filho) estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens (João 1:2-3-4).
Posteriormente a Rainha-dos-Céus, usando de astúcia, desafiou seu “Esposo” e buscou a adoração dos homens, coisa que Deus havia proibido ao homem fazer (…da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás… (Gênesis 2:17)). Após conseguir seu intento (receber adoração dos homens), a Rainha dos Céus não se resignou e o litígio foi inevitável, e ela se tornou em Satanás.
Segundo as escrituras a Rainha dos Céus será presa num lago que arde em fogo e enxofre, pelos séculos dos séculos (E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre… Apocalipse 20:10).
Quanto ao homem, pela Graça de Deus, trazida pelo Messias, Filho-Unigênito-do-Pai, resta uma promessa de salvação: aceitarmos o sacrifício do Cordeiro-Perfeito, que expia os nossos pecados, por termos adorado outros deuses, e não unicamente ao Deus-Pai, através do Deus-Filho (Árvore-da-Vida): Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (João 1:12).
Origem
A Origem da Rainha dos Céus.
 Como essa deusa passou a existir, se tudo foi criado por Deus?
As Escrituras dizem:
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança… (Gênesis 1:26).
Ora: Nós, humanos, fomos feitos imagem e semelhança conforme a “família” de Deus; e Deus fez a mulher da costela de Adão. Ou seja: Com isso, Deus nos ensina como Ele fez a mãe do Seu Filho. O Filho de Deus foi gerado, e não criado, e macho não gera filhos; quem gera filhos são as fêmeas, mas precisam do sêmen do macho. Obs.: O Macho tem cromossomos XY, e a Fêmea XX… Y determina o sexo Masculino, e X o Feminino.
•A Rainha dos Céus é a mãe do Filho Unigênito de Deus desde antes do Éden; ela é a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (figura bíblica), que fora colocada no Jardim, juntamente com seu filho, o Filho Unigênito de Deus, a Árvore da Vida, também figura bíblica (Gênesis 2:9).
•A Rainha dos Céus (mãe do Filho Unigênito de Deus) cobiçou e roubou a adoração (comer o fruto) dos homens (Adão e Eva), coisa que Deus havia proibido ao homem fazer (Gênesis 2:17).
Por isso, Deus amaldiçoou-a a Satanás (Gênesis 3:14), e ela (Satanás, Serpente) passaria a comer o pó da terra (receber adoração dos homens) e rastejar seu ventre (buscar adoração) sobre este pó (o homem foi feito do pó da terra, Gênesis 2:7).
Após amaldiçoá-la, Deus preestabeleceu as regras de convivência entre as partes envolvidas:
E porei inimizade entre ti (Serpente, Satã) e a mulher (Israel/Igreja), e entre a tua semente (semente dela com Deus, Filho Unigênito de Deus) e a sua semente (hostes, demais filhos e anjos caídos)esta (esta tua semente, filho dela com Deus, Filho Unigênito de Deus) te ferirá a cabeça, e tu (Satã) lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3:15).
•Até aquela ocorrência apenas um (1) da família de Deus era conhecedor do bem e do mal, Lúcifer:
Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós (apenas-um→Lúcifer), sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado (Gênesis 3:22-23).
•Após a vinda do Filho Unigênito de Deus (Cristo, primogênito de Maria, primogênito dos que ressuscitariam dentre os mortos para a vida eterna), Satanás encontrou a “Personagem Ideal” a qual usurparia seu nome e continuaria a receber a adoração que sempre cobiçou; Maria é este nome usurpado por Satã.
•A Palavra de Deus diz que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23), e, portanto, toda a humanidade se tornou condenada a morte eterna através do pecado de Adão e Eva. Também, Deus puniria a si próprio, através do seu Filho, pela falha de um dos componentes (homem) da sua criação. Isto manteria íntegra sua perfeição.
É aí que a Árvore da Vida (Filho Unigênito de Deus, Messias, também filho da Rainha dos Céus) entra em cena como único capaz de devolver a vida eterna aos homens.
•Por que somente Ele (Árvore da Vida) tem tal poder, e por que teria que morrer?
1-Somente quem tudo criou (João 1:3) tem sangue capaz de remir suas criaturas.
2-Sem derramamento de sangue não há salvação (Hebreus 9:22), pois a morte é salário do pecado.
•A Prova de que Deus Pai aceitou o Sacrifício do Filho como pagamento, foi a ressurreição de Cristo (Romanos 4:25). Com isso nossas dívidas para com Deus foram quitadas mediante a fé em Cristo (Efésios 2:8-9).
•Voltar a Invocar a Rainha dos Céus, em qualquer que seja o Personagem que ela agora esteja enrustida, é rejeitar a salvação que o Filho do Deus Vivo (Messias) nos proporcionou, e cair na mesma cilada que Adão e Eva caíram. Em Apocalipse a Palavra de Deus renova o alerta sobre esta deusa envolta em mistérios, que engana a todos desde o Éden e até aos nossos dias: E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e abominações da terra (Apocalipse 17:5). Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela (Apocalipse 18:3-5).
No mesmo livro de revelações Deus reafirma a identidade e o destino dessa deusa que, embora feitura de uma costela de luz divina (Lúcifer, Anjo de Luz) para ser adjunto, se pervertera até às trevas: E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo (Apocalipse 20:1-3). E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre (Apocalipse 20:7-10).
Por: José Alencar
Fonte: 

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Palavras de Charles Finney

Uma das condições da oração vitoriosa é o justo emprego dos meios para chegar ao objetivo. Se os meios estiverem ao nosso alcance e se o acharmos necessários. Orar pelo avivamento e deixar de empregar qualquer outro meio é tentar a Deus. Esse, conforme pude ver claramente, era o caso daqueles que faziam orações na reunião a que me referi. Continuavam fazendo oração pelo avivamento, porém fora da reunião eram SILENCIOSOS como a MORTE no tocante ao assunto e nem abriam a boca para as pessoas ao redor. Continuaram nessa incoerência até o dia em que um descrente de destaque na comunidade lançou-lhes na minha presença uma repreensão. Ele expressou aquilo que eu sentia profundamente. Levantou-se e, com a maior solenidade e com lágrimas, disse:  " Povo crente,que é que vocês querem dizer? Oram sempre, nestas reuniões, pedindo um avivamento. Muitas vezes exortam uns aos outros a que despertem e usem meios para promover um avivamento. Afirmam uns aos outros e também a nós, que somos descrentes, que estamos caminhando para o Inferno, e acredito que seja verdade. Insistem em dizer que, se vocês mesmos despertassem, usando os meios apropriados, haveria um avivamento, e nos converteríamos. Falam-nos do nosso grande AMIGO, e de que nossas almas valem mais do que o mundo inteiro. Entretanto, prosseguem nas suas ocupações relativamente triviais e não lançam desses meios. Não temos avivamento e nossas almas NÃO são salvas." Nunca me esquecerei de como a repreensão calou profundamente naquela reunião de oração. Fez-lhes bem, pois imediatamente as pessoas ali presentes se prostraram, e tivemos um avivamento. Estive presente na primeira reunião em que se manifestou o espírito de avivamento. E que transformação se verificou no tom das suas orações, confissões e súplicas! Voltando para casa com um amigo, comentei: "Que mudança nesses crentes! Isso deve ser o início de um avivamento ". Realmente, há uma transformação em todas as reuniões sempre que os crentes são avivados. Suas confissões adquirem sentido: Significam reforma e restituição, trabalho, o uso dos meios, mãos, bolsos, e corações abertos, e a consagração de todos os seus recursos a promoção da obra . Charles Finney em seu livro Uma vida cheia do Espírito.   

Profecia sobre Damasco

Uma das mais antigas cidades, habitada do mundo.
A Síria é um país da Ásia ocidental, e faz fronteira com o Líbano, com o mar mediterrâneo no oeste, a Turquia no norte, o Iraque no leste, a Jordânia no sul e ao sudeste, Israel.
Nas Escrituras contém uma profecia no livro de Isaias escrito entre 701 e 681 a.C que relatava que Damasco seria capital da Síria o que ocorreu em 636 d.C, de acordo com Isaias 7:8.
Os bombardeios iniciaram em 2012.
Também existem profecias falando da destruição de Damasco de acordo com Isaias 17:1, Jeremias 49:23-27
Hoje o numero de refugiados siris chegam a mais de 2 milhões conforme a ONU e vemos as profecias sendo cumpridas (Isaias 17:7 ).
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”. Mateus 24:35


Os 7 mergulhos de Naamã

Referência 2 Reis 5.1-8

“NAAMÔ, que significa “deleite ou agradável” em hebraico.
Naamã, um homem honrado – v. 1 - comandante do exército do rei da Síria
O próprio Deus que ele não conhecia o abençoava em suas esplêndidas vitórias.
Porém era leproso – v. 1
O rei de Israel, Jorão, ao receber a carta do rei da Síria, rasgou as suas vestes e disse: “Acaso sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra?” (v.7).
A perseverança de Naamã o fez crescer
Para crescer é preciso dar o Mergulho da PEQUENEZ:
“Então, desceu e mergulhou no Rio Jordão sete vezes…” v.14a
O princípio para crescer em Deus é reconhecer a nossa pequenez;
João Batista disse aos seus discípulos Convém que Ele (Jesus) cresça e que eu diminua. (João 3.30)

Você precisa reconhecer a sua pequenez, as suas limitações, para então crescer em Deus e ser tido como grande diante do Senhor;
Naamã reconheceu sua incapacidade diante da doença e se dobrou diante do Deus de Israel.
“… assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel” v.4
Havia uma menina israelita escrava na casa de Naamã, que sabendo de sua necessidade, contou sobre o profeta Eliseu. A menina ao falar do profeta, profetizou, pois declarou à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra”. (v.3)
Naamã acreditou nas palavras que a jovem escrava disse à sua esposa e saiu da sua terra, indo procurar um profeta por fé.

Para crescer é preciso dar o Mergulho da OBEDIÊNCIA:
“vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne será restaurada e ficarás limpo” v.10
Naamã mergulhou 7 vezes e foi curado. Ele foi curado!
Como general, não recebia muitas ordens a não ser de seu rei. Mas ele entendeu que o profeta detinha autoridade e discernimento, e então obedeceu.
Você está disposto a crescer, então obedeça as ordens de Deus, ao mergulhar demonstrou ser humilde.
“pensava eu que ele sairia a ter comigo… não são porventura… rios de Damasco melhores que todas as águas de Israel?” vv.11-12
Naamã chegou diante da casa do profeta Eliseu com os seus homens de guerra, cavalos, poder e dinheiro, mas toda essa pompa não impressionou o profeta e ao invés de ir pessoalmente ao encontro do general, ele enviou um mensageiro. Nada do que temos tem a capacidade de impressionar a Deus, mas a Bíblia diz que Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado e contrito, não desprezarás, ó Deus”. (Salmos 51.17)
Na Assíria havia rios melhores que o Rio sujo do Jordão, porém com essa ordem, a fé de Naamã foi testada.
Onde há arrogância não há espaço para crescimento.
Naamã teve que se despir da sua farda, condecorações e mergulhar no Rio Jordão. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte”. (1 Pedro 5.6)
Para crescer é preciso dar o Mergulho da PERSEVERANÇA:
“Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes…” v.14
O texto não revela opositores dialogando para que Naamã não obedecesse a direção dada pelo profeta de Deus, mas a sua própria consciência deve tê-lo atormentado a cada mergulho.
Para crescer é preciso dar o Mergulho da CONVERSÃO: “…Eis que tenho conhecido em toda a terra não há Deus, senão em Israel…” v.15
Naamã reconheceu que o Deus de Israel era maior que as divindades da Síria.
Naamã, o general do exército da síria se dobrou diante do Senhor dos Exércitos.
O general da Síria que só tinha como superior o rei Ben-Hadade, homem poderoso, agora estava se dobrando diante do El-Shaday, o Deus Todo-Poderoso.
A cura de Naamã é tão surpreendente que o próprio Senhor Jesus fala dele: “E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro”. (Lucas 4.27)
Para crescer é preciso dar o Mergulho da GRATIDÃO: “… agora, pois te peço aceites um presente do teu servo…Instou com ele para que aceitasse, mas ele recusou” vv. 15-16
Naamã ficou tão agradecido que queria presentear o profeta de Deus. O profeta Eliseu não aceitou, mas ele ficou insistindo.
Para crescermos precisamos ser pessoas agradecidas.

Quem mora na sua casa?

Betel ou Bete-Áven?

Abraão adorou a Deus naquele lugar. Jacó, depois de um encontro com Deus, deu ao local um nome de signficado especial. Samuel julgou Israel no mesmo lugar. Elias e Eliseu passaram por lá em sua última viagem juntos. Mas, Jeremias disse que Israel envergonhou-se do mesmo lugar. Betel, uma cidade localizada 20 km ao norte de Jerusalém, tem uma história cheia de significado.
Faremos bem aprendendo e aplicando em nossas vidas as lições de Betel.
Abrão Adora em Betel
Abrão deixou Ur dos caldeus e subiu o vale do Rio Eufrates até Harã, onde seu pai faleceu. De Harã, ele virou para o sul e seguiu em direção à terra de Canaã. Parou em Siquém, e depois edificou um altar entre Ai e Betel, onde "invocou o nome do Senhor" (Gênesis 12:8). Abrão continuou a sua jornada ao sul e estabeleceu residência no Neguebe. Passou algum tempo no Egito e voltou novamente para o Neguebe, de onde fazia viagens a Betel para invocar o nome de Deus (Gênesis 13:3-4). Betel, para o patriarca Abrão, foi um lugar de encontro com Deus. Tornou-se a casa de Deus.
Quando estudamos a vida de Abraão, percebemos que esse herói da fé construiu altares em diversos lugares, invocando o nome do Senhor por meio de sacrifícios. Hoje, não precisamos amontoar pedras e queimar holocaustos para invocar o nome do Senhor, mas este deseja que oremos "em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade" (1 Timóteo 2:8). O louvor a Deus deve fazer parte do nosso dia-a-dia.
Jacó Encontra Deus em Betel
Embora o autor de Gênesis tenha usado o nome Betel quando falou de Abrão, a cidade adotou esse nome duas gerações mais tarde. Quando a contenda entre Jacó e Esaú chegou ao ponto de o mais velho querer matar o mais novo, Jacó fugiu de sua terra e procurou seus parentes em Padã-Arã. No final do primeiro dia de viagem, ele parou em uma cidade chamada Luz. Durante a noite, Deus apareceu a Jacó e lhe mostrou uma escada da terra ao céu, pela qual anjos desciam e subiam. Deus repetiu a Jacó as três partes da grande promessa feita a Abrão em Gênesis 12: Terra prometida; Povo numeroso; Bênçãos para todas as famílias da terra por meio de seu descendente. Quando acordou, Jacó disse: "Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus". Jacó mudou o nome do lugar, chamando-o de "Betel", que significa "casa de Deus" (Gênesis 28:1-22).
Jacó habitou 20 anos em Padã-Arã. Casou-se, teve filhos e tornou-se rico. Quando voltou para sua terra, ficou algum tempo em Siquém. Quando Deus o chamou para voltar a Betel, Jacó mandou que todos de sua família se purificassem antes de subir à casa de Deus. Ele fez um altar e o chamou de "El-Betel", que significa "Deus da Casa de Deus" (Gênesis 35:1-7).
Nós, também, devemos nos purificar antes de nos aproximarmos de Deus. Ele é luz, e não mantém comunhão com as trevas. Devemos jogar fora "toda impureza e acúmulo de maldade" (Tiago 1:21) e nos purificarmos "de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2 Coríntios 7:1).
Betel: A Casa de Deus
A importância de Betel como um lugar de encontros com Deus continuou por mais de 800 anos, até o início do reino de Israel. Era um dos lugares onde Samuel julgava o povo (1 Samuel 7:16). Quando Saul foi ungido rei, encontrou homens que estavam "subindo a Deus a Betel" (1 Samuel 10:3).
Quando pensamos em Betel, da chegada de Abrão em Canaã até a época dos reis, pensamos na casa de Deus, um lugar especial de encontros entre homens de fé e seu Criador.
Uma Mudança Triste
Infelizmente, Betel perdeu a honra de ser a casa de Deus. Jeremias, escrevendo 400 anos depois de Samuel, disse que "a casa de Israel se envergonhou de Betel" (Jeremias 48:13). Por quê? O profeta Oséias, um século antes de Jeremias, explica o motivo dessa triste mudança. Repetidamente, Oséias se refere a Betel com outro nome, "Bete-Áven". Veja as palavras desse profeta: "...não subais a Bete-Áven..." (4:15); "Levantai gritos em Bete-Áven" (5:8). Em vez de Betel, Oséias usa esse outro nome. Bete-Áven quer dizer "Casa do Nada" ou "Casa de Vaidade". Como é que a Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada? Oséias explica: "Os moradores de Samaria serão atemorizados por causa do bezerro de Bete-Áven... e os sacerdotes idólatras tremerão por causa da sua glória, que já se foi.... Israel se envergonhará por causa de seu próprio capricho.... E os altos de Áven, pecado de Israel, serão destruídos..." (10:5-8). O pecado, a idolatria e, especificamente, o bezerro de ouro foram motivos para o declínio de Betel. A casa de Deus tornou-se a casa de vaidade. O Senhor não habitou mais na cidade onde Abrão, Jacó, Samuel e outros o encontravam. Ele foi expulso de sua própria casa.
O Pecado de Jeroboão
O fato mais marcante na triste história de Betel aconteceu nove séculos antes de Cristo, logo após a morte do rei Salomão. Devido à infidelidade de Salomão, Deus tirou uma boa parte do reino que pertencia aos reis descendentes de Salomão, e a deu nas mãos de Jeroboão. Este começou a reinar sobre as dez tribos do norte, conhecidas coletivamente como Israel ou Samaria. Deus prometera estabelecer o reinado de Jeroboão, se o mesmo fosse fiel: "Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel" (1 Reis 11:38).
Em vez de confiar na promessa de Deus, Jeroboão procurou seus próprios meios para segurar o poder sobre Israel. Ele ficou preocupado com as viagens periódicas dos israelitas a Jerusalém, o centro de adoração a Deus no Antigo Testamento. Imaginou que a influência de seus irmãos do sul provocaria uma rebelião e faria com que o rejeitassem como rei. Para evitar tal acontecimento, Jeroboão introduziu uma série de mudanças nas práticas religiosas do povo (1 Reis 12:25-33): Ele mudou os símbolos religiosos. Em vez de representar a presença de Deus com a arca da aliança, Jeroboão fez dois bezerros de ouro, repetindo o pecado cometido por Arão logo após a saída do Egito (Êxodo 32).  Mudou o lugar sagrado. Deus havia escolhido Jerusalém como o lugar de adoração para os israelitas. Jeroboão, para evitar que o povo voltasse para o território de Judá, escolheu Betel e Dã. Mudou o sacerdócio. Deus especificou sacerdotes da tribo de Levi, mas Jeroboão consagrou sacerdotes de outras tribos. Jeroboão mudou o calendário religioso. Havia festas importantes em Jerusalém em diferentes meses do ano, incluindo uma que começava no dia 15 do sétimo mês. Mas Jeroboão escolheu o décimo quinto dia do oitavo mês para a sua festa, sem nenhuma autorização divina.
Várias pessoas tentaram corrigir esses graves erros de Jeroboão. Deus mandou um profeta com provas milagrosas, mas o teimoso rei não se arrependeu (1 Reis 13:1-10). Mesmo nos últimos anos do reinado de Jeroboão, Abias, rei de Judá, tentou mais uma vez mostrar o pecado de Jeroboão. Em seu discurso, Abias mostrou que Jeroboão e o povo de Israel perderam a comunhão com Deus por terem abandonado os seus princípios (2 Crônicas 13:8-12). Novamente, Jeroboão confiou em sua astúcia e não se arrependeu. Enquanto Abias falava, o rei de Israel mandou que os seus soldados preparassem uma emboscada e atacassem seus irmãos de Judá. Mas, Deus não estava do lado de Jeroboão, e o exército de Israel foi terrivelmente derrotado. De fato, a Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada! As gerações posteriores seguiram os passos errados de Jeroboão e, 200 anos depois, Israel caiu diante do exército da Assíria. Por causa dos bezerros de ouro de Jeroboão, "... o Senhor muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença" (2 Reis 17:16-18).
Outros "Betel"?
O caso de Betel e de seu pecado é único na história do povo de Deus? Infelizmente, não. Consideremos outras casas de Deus:
O templo em Jerusalém representou a presença de Deus no meio do povo a partir do reinado de Salomão. Mas por duas vezes, Deus deixou a sua casa devido ao pecado do povo. Ezequiel, nos capítulos de 8 a 10, mostra como Deus foi expulso quando o povo encheu a casa com idolatria, perversidade e corrupção. Dessa forma, o profeta explicou o motivo da destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C. Depois do cativeiro babilônico, o povo retornou a Jerusalém e reconstruiu o templo. Mas, ao longo das gerações, eles se desviaram do caminho de Deus novamente. Jesus queria resgatar a nação judaica, mas esta recusou. Ele prometeu que a casa ficaria deserta e profetizou sobre a destruição de Jerusalém pelos romanos - profecia cumprida em 70 d.C. (Mateus 23:37-38; 24:1-34). A Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada.
A igreja de Jesus é a casa de Deus (1 Coríntios 3:16-17; 1 Timóteo 3:15). Mas, da mesma forma que o povo do Velho Testamento desviou-se do Senhor, hoje, igrejas podem abandonar o caminho e perder a sua comunhão com Deus (Apocalipse 2:5; 3:3; etc.). A Casa de Deus pode ficar deserta.
O cristão é o templo do Senhor (João 14:23; 1 Coríntios 6:19-20). Para manter a nossa comunhão com Deus, temos de amá-lo e guardar a sua palavra. Se voltar ao pecado e recusar a se arrepender, perderá a sua esperança (Hebreus 10:26-31). Deus ainda pode sair de sua casa.
Quem Mora na Sua Casa?
Jesus quer habitar em nós. Para isso, é necessário crucificar o velho homem egoísta e deixar Cristo viver em nós (Gálatas 2:19-20). Dependemos totalmente de Jesus? Deixamos Deus dominar completamente a nossa vida? Ou expulsamos o Senhor de uma casa cheia de pecado, perversidade e egoísmo? Deus não divide a casa com as trevas (leia Colossenses 3:1-10).
Você pode, honestamente, chamar-se de Betel, ou de Bete-Áven? Quem mora na sua casa? Você, eternamente, pretende morar na casa de quem?

- por Dennis Allan