Vivemos tempos de aflições e angústias, avalanches de propagandas
enganosas, políticos corruptos, de paixões e divertimentos que terminam em
desastre, da desvalorização da pessoa idosa e da criança ainda por nascer, do
amor e da intimidade. Vivemos embaixo de escândalos, humilhações e seqüelas em
todas as áreas sociais, políticas e religiosa.
Ainda temos os desastres da natureza, como os tornados devastadores, tempestades,
neve e gelo fora de sua estação, inúmeros terremotos como nunca ocorreu antes
na vida da história da humanidade, incêndios florestais, meteoros caindo e
outros se aproximando da terra nos próximos anos....vivemos embaixo de uma
maldição dia a dia.
"E
a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que
eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas
obterás dela o sustento durante os dias de tua vida Ela produzirá também cardos
e abrolhos, e tu comerás a erva do campo." (Gênesis 3:17-18).
O apóstolo Paulo escreveu que a terra geme e espera por sua
redenção. "Porque
para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser
comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação
aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade,
não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que
a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo,
geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que
temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando
a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo." (Romanos 8:18-23).
Os israelitas, escravos no Egito, estavam sob a ameaça de Faraó. Temendo
o número cada vez maior dos israelitas, ordenou que as parteiras matassem todos
os meninos nascidos das mães hebraicas (Êxodo 1-2). Temendo a Deus, as
parteiras desobedeceram a Faraó e deixaram os meninos viveram. Vendo que as
parteiras não quiseram obedecer, o Faraó ordenou a seu povo: "A todos os filhos
que nascerem aos hebreus lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis
viver." (Êxodo
1:22)
Quando continuamos a ler, vemos que Joquebede, mãe de Moisés, depois de
escondê-lo por três meses em sua casa, não podendo mais escondê-lo, ela tomou,
então, um cesto de junco, calafetou com betume e piche, pôs nele o pequeno
Moisés e o largou no rio. O rio!
O mesmo rio que estava matando afogados todos os bebês era o problema
dela. Por que ela iria colocá-lo no rio?
Não há como evitar o rio! Eu adoraria completamente encerrar os meus
filhos em plástico bolha, escondê-los em nossa casa, e protegê-los de todo o
mal e sofrimento no mundo. Eu gostaria muito de impedir que as famílias em
nossa igreja tivessem que lidar com divórcios, doenças, morte e desastres. Mas
eu não posso. Eu não posso mantê-los afastados do rio. Todos enfrentam o rio.
Semelhante a Joquebede, eu posso colocá-los em algo que pode impedi-los
de sofrer o efeito do rio. Quando chegou a hora de Moisés enfrentar o rio,
Joquebede o colocou dentro do cesto calafeto. Assim, enquanto os outros estavam
se afogando no rio, Moisés foi tirado do rio. Até mesmo seu nome, que significa
"tirado", atesta ao poder de preservação do cesto (arca) calafetado.
Uma arca preservou Noé e sua família
durante o grande dilúvio. Uma arca (cesto calafetado) preservou Moisés do rio.
É uma arca que preserva o justo hoje. Você e eu podemos colocar as nossas
famílias, amigos e entes queridos na vida da igreja, no seio da comunhão. A
igreja de Jesus Cristo é uma arca de segurança. "Pela fé, Noé,
divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo
temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual
condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé." (Hebreus 11:7).
Embora não possamos evitar o rio, podemos ser preservados do efeito do
rio.
Texto de Adam Solorio. Adaptação de Edson
Luis Eiler
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