A Palavra nos mostra claramente que o propósito de Babilônia é chegar ao céu, parte da terra para o céu. Ela vira babel, confusão de linguagem, comprometida e sem comunhão. Seus membros são dispersos. Enquanto a Nova Jerusalém desce do céu e vem da parte de Deus – Apoc.21:2 e 10.
Em Atos 2 surgiu a igreja e todos falaram uma única língua, a língua do Espírito de Deus. Mesmo que eu não tenha os mesmos pontos de vista iguais os teus, ainda assim posso falar a linguagem do Espírito que habita em ti, mas quando estamos na carne conseguimos falar até dos irmãos que nem falam nossa língua. A divisão na igreja ocorreu assim. Diversos pontos levaram a igreja a se dividirem, uns por batismo (aspersão e imersão), outros por dons com evidência em línguas (pentecostais), outros por causa da salvação (calvinista criam que Deus escolhia o homem e os presbiterianos que o homem escolhia Deus), outros por crerem que o governo da igreja deveria ser democrático e não um sistema de presbíteros. Por causa de verdades bíblicas e também por experiências espirituais nos dividimos por completo. E você é favorável a Wesley? Calvino? Lutero? Watchman Nee? Stephen Kaung? A Paulo? Quem sabe de Cefas ou Apolo? Na verdade só nos dividimos porque estamos longe do verdadeiro propósito do Senhor. Buscamos fazer uma obra e levantar um nome como desejava Ninrode, obra que seria conhecida nos céus, mas divisiva e afastada da linha neo testamentária de Deus.
Amados nossa linguagem deve ser Cristo, e unicamente esse Cristo vivo! Nosso respirar deve ser Cristo! Nosso comer e beber! Nosso viver deve ser unicamente o Senhor Jesus. Existe uma ordem universal para mantermos a unidade, ela já existe e é estabelecida por Deus, a ordem é manter, não inventar uma nova unidade ou interpretar diferente o que a simples frase diz. Um dia, todos estarão na Nova Jerusalém, com todos os escolhidos do Senhor, todos os chamados de todas as eras por toda a eternidade, é o desejo do Senhor descendo dos céus. Veremos uma unidade que já existe mas por causa de nossa alma não conseguimos manter nem buscar. O problema está em mim, em meu coração.
Precisamos ter experiências de ver e desfrutar do Senhor e das coisas espirituais a cada instante que nos reunimos com os santos como Corpo. Aprender a carregar a cruz andando com aqueles que pensam diferente de mim, que me caluniam, talvez levantem falso testemunho, não sei, mas não existe oportunidade melhor de mostrar o nosso Cristo, de nos voltarmos ao espírito e nos esvaziar das emoções carnais que nos dividem como mágoas, rancor, orgulho, vaidade, posições, etc. Em sua ressurreição o Senhor quebrou todas as barreiras, inclusive a maior barreira de todas, a nossa separação; de todos os povos fez um, fez-nos nova criatura, e hoje estamos nesse novo homem (Cl.3:10-11). O poder da ressurreição e a própria ressurreição estão agora no Espírito que dá vida (I Cor.15:45 e Fp.1:19).
A igreja hoje é o lugar dessa expressão e desejo, quando compreendemos isso ocorre um antegozo e vemos que o fluir é para a expansão da era da igreja nessa terra que somente surge mediante o crescimento na vida do Senhor e mediante o fluir da vida do Senhor, o transbordar da vida (Ef.4:16, Jo.7:37-39, At.2:42, 46-47, 6:4, 7, 12:24).
Como trazer os irmãos a uma unidade completa? Efésios 4:3 há um desafio para nos “esforçar” e para “preservar” uma unidade que já existe! Não podemos dizer quem deve ficar na igreja ou quem deve sair ou até mesmo dizer quem é o joio e quem é o trigo? Quem é genuíno no ouvir e falar (I Jo.1:3)? Somente pelos seus frutos os conheceremos (Gál.5:22-26), pessoas geradas na vida, cheias de amor, paz, longanimidade, bondade, mansidão, domínio próprio, etc.
Em Gênesis, Ninrode quis subir até o céu e edificar um nome e um povo mas em Pentecostes desceu do céu o Espírito Santo que formou a igreja debaixo de um único nome, o nome do nosso Senhor Jesus! Óh, Senhor Jesus!
Ainda no verso 3 fala do “vinculo da paz”. O que nos faz manter essa unidade é o fato de termos paz uns com os outros. Se puder ter paz contigo meu irmão mantenho uma unidade que já existe, que já foi realizado por Cristo na cruz. Aleluia! Paulo fala no verso 13 de chegarmos à “unidade da fé”,não existia naquela época, será que existe hoje?! A comunhão somente pode ser resultado da vida divinal gerada de uma íntima comunhão com o Senhor que é a pessoa mais rica, amorosa, cheia de compaixão e longânima, que é o nosso Senhor Jesus Cristo. Dizemos até que quando um irmão deixa de reunir-se com nós que ele saiu da igreja - NÃO SAIU, não! Apenas mudou de “endereço”, reúne-se em outro lugar... Quando conhecemos a visão da igreja aprendemos que a igreja é o limite de sua localidade se ainda mora na cidade ainda está na igreja e pertencente aquela cidade. Porque a igreja é local! Nós não temos igreja ninguém pertence a ninguém mas unicamente à cabeça e dono da igreja - Jesus Cristo.
O que falo pode ser verdadeiro, pode ser bíblico mas se o meu sentimento é terreno para Deus não tem valor, tem que vir lá de cima, do trono, controlado pelo Senhor! Muitas vezes quero falar mas Deus quer que eu fique calado, talvez porque não é a hora por isso que Paulo diz em 2 Cor 10 que meus pensamentos devem ser levados obedientes e cativos à Cristo. O mesmo vale para o domínio de minha língua conforme Tiago revela.
Ouvi de um irmão que as rodas de uma bicicleta os aros são separados na periferia mas se unem no centro, o mesmo ocorre quando se tem pontos de divergência por causa do local onde me reúno, por causa dos livros que leio, por causa da comunhão, das experiências que ganhei, das doutrinas, dos ensinos, de como a obra deve ser realizada, etc. Mas o fim de tudo, o nosso centro deve ser somente Cristo! Amém.
Livros de apoio:
Witness Lee – A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja - Edi. Árvore da Vida
Watchman Nee - A Ortodoxia da Igreja - Ed. Árvore da Vida
domingo, 30 de agosto de 2009
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