★ Esse assunto foi um divisor de águas no meu entendimento da Palavra de Deus, porque percebi o quanto o nosso Deus é detalhista irmãos, ao longo de toda a Bíblia Ele deixou palavras-chave para nós entendermos o verdadeiro significado das coisas. Tem uma história por detrás da história e não podemos mais ler a bíblia da mesma forma que no passado. Por exemplo em II Cron.5:12 diz que 120 sacerdotes tocavam trombeta quando a Arca que representava Cristo entrou no templo feito por Salomão. Através da Festa do Pentecostes, ocorreu a plenitude do Espírito sobre 120 pessoas que após isso passaram a tocar a trombeta (anunciar as Boas Novas). Será só uma curiosidade ou o Senhor quer nos ensinar algo, sombra e a realidade!
Se você tem sede de saber mais dos mistérios de Deus, tenho
certeza que te ajudará "NO DIA QUE SE CHAMA HOJE", a ver que esse
*Cântico de Moisés* também aponta para "AQUELE GRANDE DIA".
Esse cântico se originou no livro da lei, tanto em Deuteronômio
32, como Êxodo 15 e está espalhado por toda Palavra de Deus, tendo o seu
desfecho no livro do Apocalipse que veremos em outro momento.
Para entendermos porque o Cântico foi escrito precisamos ir para Dt.31:19.
Também vemos que ele serviria de “testemunha” ligando Apoc.11
e Apoc.12.
O Cântico era uma profecia de antecipação daquilo que o povo
faria depois da morte de Moisés (Dt.31:16 e 32:50). Esse cântico deveria ser
ensinado a todos, não só para aquela época, mas para todo o período da história
de Israel (Dt.31:12-13, 22).
Esse Cântico revela que o povo abandonaria a Aliança, (Dt.31:16-18 e 27-29), provocando a ira do Senhor.
Deus sabia o que estava oculto no coração deles (Dt.31:21b).
Vou fazer alguns comentários de Êxodo 15, porém para entendimento
há necessidade de ler todo o capítulo até o verso 27.
Existe um hino que nos faz lembrar dos versos 1-2 e também o
verso 21:
https://www.youtube.com/watch?v=4e3tiaqisPA
Eles estavam alegres. O Senhor é aquilo que nós cantamos,
pois *“Ele é a minha salvação”*.
Nossos louvores tem que ser para glorificar e exaltar o
Senhor.
Não esquecendo que *Salvação* no hebraico é *Jesus*!
Moises se lembra que aquele que se apresentou na sarça era Deus
do seu pai.
O verso 2 fala que o “Senhor é a minha força e o meu cântico”
como diz Salmos 118:14 e Is.12:2.
O verso 3, diz que Jeová é o nome do Senhor.
O verso 4 podemos ler em Ex.14:17.
O verso 5 fala que dos “vagalhões”, algumas traduções
traduzem como “águas do abismo”.
Todas as vezes que aparecer a palavra “Destra” como está no
verso 6, 12 e 16, lemos como sendo “direita” aponta para Jesus que é e está a
DIREITA DO PAI.
O verso 8 quando diz que “amontoaram-se as águas”, algumas
traduções dizem “congelou como gelo”, ou seja, as águas profundas se tornaram
sólidas no coração do mar.
O verso 11 tem um complemento no cap.18:11 e a frase *“quem é como Tú”* –
será cantada também em Apocalipse 15:3.
O final do verso 16 fala “até que passe o povo que adquiriste”,
vamos linkar com Isaias 51:10.
O verso 17 fala do “santuário” que o Senhor fez com suas
mãos, isso não lembra o tabernáculo móvel nem o templo de pedra, feito por
Salomão, mas, aponta para a igreja que é a MORADA, o SANTUÁRIO, a HABITAÇÃO do
Deus vivo – João 2:19-22 e II Cron.5:12-14.
Então tudo o que é falado do templo, revela Cristo e a igreja.
Pela primeira vez aparece que o Senhor é REI e está no verso
18.
Do verso 1 até 19 fala de louvor e gratidão, Graça sobre
Graça.
Moises no verso 20 chama Miriã de profetiza. Em Nm.12 Ela diz
que Deus também falava por meio dela, porém ela queria a liderança, nunca houve
sacerdotisa no povo de Deus. Houve mulheres, juízas e profetizas: Jz.4:4
(Débora), II Rs.22:14 (Hulda), Is.8:3 (esposa do profeta Isaías), Lc.2:36 (Ana)
e as 4 filhas de Filipe (Atos 21:9).
Ela queria uma posição que não lhe cabia.
Moisés não queria nada, ele via isso como carga, nunca
buscava isso, ele tinha visão das coisas espirituais, mas não queria posição
nenhuma, era o Senhor quem o havia incumbido.
Não devemos pensar nada de nós mesmos além do que convém, é o
que Paulo diz.
Miqueias 6:4 apresenta ela junto com Arão e Moises, como peças
fundamentais para o livramento de Israel.
No verso 22, após uma caminhada de 3 dias, vem a provação –
não havia água!
O apóstolo Paulo em I Cor.10:1-4, fala que as águas do Mar
Vermelho tipificavam o batismo de um povo que nasceu de novo, o vermelho
tipificava o sangue do Cordeiro. Tudo foi para exemplo para nós.
No verso 23, começa a reclamação nas águas de Mara. Depois de
toda aquela alegria deveriam ter orado e confiado. Não se dirigiram à Deus, mas
acusaram Moisés (v.24) e Mt.6:21,25-33
Em nossa caminhada haverá provação de Deus para saber como
reagiremos em situações de frustrações.
A reclamação atrasa muito a promessa na nossa vida como foi
com o povo no deserto.
No verso 25, Moisés clama ao Senhor e o Senhor o manda pegar
uma madeira, um galho que ao ser jogado na água produziu vida, converteu em águas
doces. O madeiro representa a cruz de Cristo. Só o Senhor pode tornar “doce” a
nossa vida!
Com a provação, vem o ensino, nos versos 25-26. O Senhor se apresenta
como *Jeová Raphá, o “Senhor que te cura”*
O versículo 27 é tremendo, toda glória e adoração seja dada
ao nosso Deus.
Eles chegam a Elim (Nm.33:9-10), onde havia 12 fontes de água
e 70 palmeiras; e ali acamparam junto das águas (Sl.1:3, Jr.17:8 – somos como
árvores plantadas junto aos ribeiros).
As *12 fontes*, apontam para Gn.49:28 para as 12
tribos de Israel e Luc.9:1, falando dos 12 apóstolos, e também na Nova
Jerusalém apontando para os 12 fundamentos, as 12 portas, etc.
*Palmeiras* apontam para descanso eterno e são vistas nas mãos da
multidão de Apoc.7:9 para comemorar a Festa dos Tabernáculos, quando Deus habita
com seu povo (Ex.24:1,9-11, Nm.11:16, 24-25, Dt.10:22 e Lc.10:1). Apontam para
as 70 nações que saíram de Noé, para as 70 semanas relacionada a profecia de Daniel.
O Senhor em João 4:13-14 diz que de nós deverão fluir FONTES
DE ÁGUAS VIVAS, somos FONTES a fluir para as nações (João 7:37-38), por isso
entendemos Isaías 12:3 “E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação”.
Nós somos essas FONTES a jorrar!
Demonstração maravilhosa da unidade e conexão de todos os
livros que compõem a Palavra de Deus!