Esses
tempos atrás em uma reunião da igreja em Ivoti, aprendemos que Jesus tem um
sacerdócio imutável e intransferível.
Na
história do povo de Israel existiram 81 sumo sacerdote de Arão até Caifás, alguns
bons outros não.
Todos
passavam o sacerdócio em sua morte. E o próximo da linhagem a assumir era o
filho, que muitas vezes só buscava as bênçãos, não as responsabilidades.
O
povo chegava-se ao sumo sacerdote para buscar a Deus e relaciona-se com Ele.
Pelo
fato de Jesus ser esse Sumo Sacerdote imutável e intransferível fez expiação
completa e eterna por todos nós uma única vez (Hb.10) e assentou-se nos dando segurança
e proteção de nossa salvação (Hb.1). Quando pecamos vamos à Ele confessando
nosso pecado, por uma questão de consciência, não implorando perdão, porque
isso Ele já fez na cruz, perdoando nossos pecados do passado, presente e
futuro.
O
povo de Israel não tinha um sumo sacerdote, nem no Egito nem no deserto.
O
andar no deserto era uma tipologia de dependência de Cristo. Todos os dias caia
uma porção do Maná que representava o Cristo que veio do céu que servia apenas
para aquele dia, não poderia ser guardado. Nossa comunhão com o Senhor precisa
ser como “colher maná” todos os dias. O que ganhamos no dia é para nos saciar
naquele dia.
Você
já se perguntou por que Deus escolheu Arão para ser sacerdote e não Moisés?
De
acordo com Hebreus 5:1, ele deveria ser escolhido pelo povo. Arão conhecia a
necessidade do povo, porque nasceu no meio deles e poderia então interceder
diante do Senhor (Hb.10:11-14). Mesmo sabendo que ele também corria o risco de
não ser aceito quando fizesse expiação, mas fazia “condoendo-se dos ignorantes”
(Hb.5:2 e 7:23-28). O Senhor intercede por nós porque não sabemos como nos
aproximar do Trono (Hb.4:16) e muitas vezes agimos como escravos e não como
filhos (Gál.4:4-7).Não podemos retroceder para a lei naquilo que já aprendemos
(Gál.4:9). Somos pobres espiritualmente porque não vivemos em novidade de vida!
Jesus
pode assumir a posição de Sumo Sacerdote porque conhecia o sofrimento do povo,
vivia no meio deles, então estava apto para fazer expiação.
A
linhagem de Davi deveria estar reinando na época de Jesus, porém quem reinava
era Herodes que não tinha legitimidade judaica era edomita.
O
sacerdote falava do povo para Deus, enquanto que o profeta, falada de Deus para
o povo, muitas vezes contra o povo, mas o sacerdote fala para Deus para beneficiá-lo.
Hebreus
diz que o Senhor adquiriu outro título - Ele é o GRANDE Sumo Sacerdote, maior de
todos eu já viveu (Hb 4.14). Êxodo 28:2 nos fala de Arão. Seu nome significava
“alto, exaltado”.
Em
Hebreus capítulo 1 e 2 nos fala que O Filho, esse Grande Sumo Sacerdote está
acima dos anjos, substituiu o sacerdócio Levítico da velha aliança pelo
sacerdócio de Melquisedeque. Removeu Moisés (Hb.3:3) e também remove no cap.11
todos os nomes da galeria da fé. A ordem no cap. 12:2 é olharmos firmemente APENAS
para nosso novo e GRANDE Sumo Sacerdote.
Arão
fazia expiação pelo povo, e Deus julgava o povo de acordo com o coração do sacerdote,
a aceitação do pedido de perdão do povo, dependia exclusivamente do sacerdote,
ele era uma figura de Cristo.
Agora
entendemos que diante do Trono há um Grande Sumo Sacerdote, que já nos
JUSTIFICOU completamente e não há mais necessidade de nos achegar com medo, mas
com OUSADIA!
Quando
Davi encontrou Golias, representava todo o Israel. Jesus na cruz também representou
a todos nós.
As
vestimentas são uma representação visual simbólica para que nossa mente capte o
sentido das coisas, sua roupa conferia dignidade de acordo com Êxodo 28:2 servia
de “glória e ornamento”.
Em
cima era posto uma túnica chamada “éfode ou estola” (Êx 28.4-8). As cores
usadas são: azul, roxo e vermelho, mencionadas 24 vezes no livro de Êxodo
(Ex.25:4, 35:23) e depois linho fino branco. Em outro momento falaremos sobre o
significado de cada cor. As tiras tinham engastes de ouro (Ex.28:11,13) com
pedras de ônix, em cada uma tinha a gravação dos nomes dos filhos de israel.
Por levar sobre os ombros os nomes dos filhos de Israel, o Sumo Sacerdote
constituía-se no mediador do povo diante de Deus.
Tudo
foi feito segundo o padrão.
Todas
as pedras são preciosas, 12 ao total, 4 fileiras de 3 pedras: “Colocarás nele
engastes de pedras preciosas dispostas em quatro fileiras, representando as 12
tribos de Israel (Ex.28:21). Na primeira fila haverá um rubi, um topázio e um
berilo” (Ex.28:17). Rubi é primeira e a ultima é o Jaspe.
A
abertura no centro da estola para a passagem da cabeça do sumo sacerdote devia
ser resistente, para que não se rasgasse, nunca deveria se rasgar (Êxodo
28:32).
Quando
Jesus estava diante de Caifás, rasgaram-lhe as roupas, fizeram algo proibido, assim
terminou o sacerdote da ordem Levítica, iniciando a nova ordem de
Melquisedeque, sem precursores nem sucessores, nem principio nem fim, nem onde
morreu ou onde foi enterrado. (Gênesis 14:18, Hb.7:1-6).
Davi
faz uma comparação direta entre o sacerdócio de Melquisedeque e o sacerdócio do
Messias: “Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno,
segundo a ordem de Melquisedeque” (Salmos 110:4), repetindo pelo escritor em
Hebreus 7:15-19.
Depois
em cada lado dos ombros, uma pedra com a descrição de 6 tribos, conforme a
ordem estabelecida, n]ao segundo a ordem do nascimento mas de acordo com o
acampamento (Ex.28:9-12 e 21).
Judá
que significa “louvor” vai na frente porque a primeira resposta a tudo é o
louvor. Jesus pertence à tribo de Judá (Hb.7:14).
O
sacerdote levava o nome das 12 tribos nos ombros diante do Senhor, metade de
cada lado demonstrando equilíbrio, perto do coração (Ex.28:29).
O
Senhor nos carrega diante do Pai. Não podemos ao mesmo tempo confiar e
preocupar-nos. Ele como nosso Sumo Sacerdote já nos limpou de todos os pecados,
não precisamos ter dificuldades de nos achegar diante o Trono, Ele nos
representa.
O
termo usado em Mateus 9:36 para “cansadas ou exaustas” é o mesmo para
desgastadas, fadigadas, sem força, desgarradas, sem pastor. Ele teve compaixão e
nos carrega dentro do seu coração.
A
luz destaca a beleza e o valor das pedras preciosas. Deus é a nossa luz. Ele se
projeta em cima do éfode e as pedras brilham, mostrando sua beleza e perfeição.
João 8:11-12 diz que não há mais condenação, Ele é Luz, não para nos expor, mas
mostrar quão belo e perfeito somos EM CRISTO. Quanto mais nos aproximarmos do
Senhor, mais Cristo em nós brilhará!
Os
nomes deveriam ser gravados, esculpidos, para nunca serem apagados (Êxodo
28:9). Somos salvos para sempre porque dependemos dEle.
Ainda
no peitoral havia o Urim e o Tumim no hebraico, a expressão significa “luzes e
perfeições”, que era uma forma de lançar sortes para tomada de decisões (Nm 26:55-56,
1 Sm 28:6).
Josué
diante do sumo sacerdote Eliazar filho de Arão buscava orientação no éfode
(Nm.27:21). Foi assim que Josué soube quem tinha roubado a capa lançando sorte
e a pedra de Acã escureceu, identificou a família depois a pessoa.
Em
uma pedra, a resposta era positiva, e na outra, a resposta era negativa (Ed
2.63; Ne 7.65).
Acã
foi apedrejado no vale que se tornou amaldiçoado recebendo o nome de “Acor” que
significa “desgraça, dificuldade, problema, tristeza, sofrimento” Josué 7:25-16.
Mais
tarde o Senhor muda o nome do vale, de “desgraça” para “porta da esperança” de
acordo com Oséias 2:14-15, “Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o
deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali e o Vale de
Acor, por porta de Esperança, e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e
como no dia em que subiu da terra do Egito.”
Em
I Samuel 30 existe um episódio em que os
Amalequitas queimaram a aldeia e levaram as mulheres e os filhos cativos,
embora Davi fosse um estrategista militar, sabendo que posição tomar, mesmo
assim ele mandou trazer o Éfode e consultou o Senhor (v.7-8)
Que
lição! Não nos apressamos em tomar a frente ou direção de algo sem o falar do
Senhor para mais tarde não nos arrepender.
Saul
desagradou ao Senhor e não recebia mais direção do Senhor nem por sonho, nem
pelo Éfode.
No
Novo Testamento, é relatada uma prática semelhante ao Urim e o Tumim, na
escolha do sucessor de Judas Iscariotes (At 1.26).
A
palavra “Urim”, do hebraico “UR” significa “luz”. O nome de Urias significava
“luz de Deus”, Davi por medo de ser descoberto que tinha deitado com Betseba,
assassinou Urias, apagou a “luz de Deus” em sua vida sem perceber. A palavra “Tumim”
significa “perfeição”, no plural “im” é plural, esta falando de “perfeições das
luzes”, Deus vê seu povo completo, perfeito.
Como
descrever a Glória de tudo isso? É assim que Jesus nos representa. Não somos perfeitos,
mas o Senhor nos vê através de Cristo.
Quando
Davi consultou o Senhor em I Sm.30:8, não recebeu como resposta um “sim” ou “não”,
houve um dialogo, o Senhor o manda “perseguir”. Parece que muitos gostariam de
ter um Éfode, porém hoje EM CRISTO estamos debaixo de uma nova aliança de
elevado ministério. Hoje encontramos o Urim e o Turim em nosso espirito. Em Joao
13:21-26, após João perguntar quem era o traidor, ele inclinou-se sobre o peito
do Senhor para receber a resposta.
Essa
precisa ser a nossa atitude: “Senhor para onde devo ir, que escola colocar meus
filhos, que direção tomar”, inclinar-nos no peito do Senhor e receber resposta.
Bibliografia: